sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz 2012!

O PH deseja para o Ano Novo que os tempos de crise (crise que é sobretudo a queda de um mundo velho baseado em anti-valores que negaram o Ser Humano por muito tempo) sejam uma oportunidade para as pessoas e os povos passarem da violência para a não-violência, do ressentimento para a reconciliação. Para que encontrem a verdadeira sabedoria no interior da sua consciência e a verdadeira bondade no interior do seu coração.

Para tal, deixamos aqui o caminho para a Reconciliação deixado por Silo, através de um excerto das palavras que partilhou em Punta de Vacas, 2007:

"Se é certo que procuramos a reconciliação sincera connosco mesmos e com aqueles que nos magoaram intensamente, é porque queremos uma transformação profunda da nossa vida. Uma transformação que nos tire do ressentimento em que, em suma, ninguém se reconcilia com ninguém e nem sequer consigo mesmo. Quando chegamos a compreender que no nosso interior não habita um inimigo, mas sim um ser cheio de esperanças e de fracassos, um ser em que vemos, numa curta sucessão de imagens, momentos belos de plenitude e momentos de frustração e ressentimento. Quando chegamos a compreender que o nosso inimigo é um ser que também viveu com esperanças e fracassos, um ser em que houve belos momentos de plenitude e momentos de frustração e ressentimento, estaremos a pôr um olhar humanizador sobre a pele da monstruosidade.
Este caminho para a reconciliação não surge espontaneamente, do mesmo modo que não surge espontaneamente o caminho para a não-violência. Porque ambos requerem uma grande compreensão e a formação de uma repugnância física em relação à violência.
(...)
Reconciliar não é esquecer nem perdoar, é reconhecer tudo o que aconteceu e é propor-se sair do círculo do ressentimento. É passear o olhar, reconhecendo os erros em si mesmo e nos outros. Reconciliar em si mesmo é propor-se não passar pelo mesmo caminho duas vezes, mas sim dispor-se a reparar duplamente os danos produzidos."

Para todos, Paz, Força e Alegria!

Partido Humanista
NÃO HÁ FALSAS PORTAS PARA ACABAR COM A VIOLÊNCIA

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

As luzes da Península Ibérica vistas do espaço

Em destaque no site do Observatório da Terra, da NASA, está uma fotografia tirada da Estação Espacial Internacional, que mostra a Península Ibérica. Os pontos com mais quantidade de luz correspondem a algumas das maiores cidades. Distinguem-se Lisboa, Madrid, Sevilha e Porto.
Fotografia: NASA

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Um conto de Natal por Charles Moodys - Mensagem de Natal do PH

« Era uma vez um livro de contas chamado "Fundos de pensões dos funcionários bancários".

Tinha duas colunas, deve e haver, e durante muitos anos foram-se escrevendo nele muitos números, em ambas as colunas. Toda a gente pensava que o livro valia muito dinheiro porque a coluna do haver estava carregadinha de números, mas, na verdade, ninguém sabia o seu verdadeiro valor porque era tradição desses tempos investir os fundos de pensões em operações de risco e já sabemos o que acontecia naquele tempo com essas coisas...

O dono do livro começou a ter medo de não ter dinheiro para cobrir a coluna do deve e então mandou uma estrela pedir aos três reis magos, que nesse tempo eram conhecidos por Troika, para lhe resolverem o problema.

Ora, como os reis eram muito amigotes dele, mandaram logo o governo ficar com o livro de contas e tão contentes ficaram todos que comeram e beberam em conjunto para celebrar! Mas para completar o milagre de Natal, o governo ainda disse ao antigo dono: nos próximos 20 anos ides poder deduzir as perdas que tereis com esta transferência!

E assim todos rejubilaram e cantaram canções próprias da época!»

O Partido Humanista deseja a todos um Feliz Natal!

Eles, Os Povos Indígenas

Os povos indígenas somam mais de 370 milhões de pessoas, o equivalente a 120% da população dos Estados Unidos, falam 4.000 dos 7.000 idiomas existentes no mundo, contribuem extensivamente para a diversidade cultural da humanidade e conhecem como ninguém a Terra, como preservar a água, o solo, a biodiversidade e o ciclo completo do ciclo de vida .

Ainda assim, foram deliberadamente submetidos à pobreza, excluídos, oprimidos e exterminados. Suas terras contém os recursos minerais, flora e fauna mais preciosos e comercialmente lucrativos e, por isso, foram fisicamente erradicados por políticos e magnatas que os consideram obstáculos à sua ganância insaciável.

Eles correspondem a um terço dos mais pobres do mundo e vivem em condições sub-humanas em todos os países. A pesquisa da ONU revela uma estatística alarmante sobre pobreza, saúde, educação, emprego, direitos humanos, meio ambiente e muitas outras questões.

Suas vidas e sofrimentos nunca foram notícias de destaque, ninguém fala sobre eles, já que o mundo está ocupado em resgatar os grandes bancos privados e corporações. Hollywood já lucrou muito mostrando-os como seres violentos, néscios, primitivos, de “má índole” em contraste com os brancos “bons” cowboys, xerifes e comandantes militares que conseguem exterminá-los.

Descrevendo os “Desalojados”

Eles são chamados de povos indígenas, os verdadeiros e reais soberanos de imensas terras e culturas que foram metodicamente tomadas por colonizadores estrangeiros, violentos e armados que vieram de longe para se apossarem de seus recursos, conhecimentos e vidas.

A ONU elabora muito bem estudos e realidades das comunidades indígenas.

Segundo a ONU, as comunidades indígenas enfrentam uma “discriminação sistêmica e exclusão do poder político e econômico; eles continuam a ser sobre representados entre os mais pobres, analfabetos e necessitados; eles são desalojados por motivos de guerras e desastres ambientais; expulso das terras de seus ancestrais e privados de seus recursos para sobreviverem, tanto física como culturalmente; deles foi roubado o direito à vida”.

Acrescente-se a isso que “nas visões mais modernas de exploração de mercado, as expressões culturais e tradicionais dos povos indígenas estão sendo comercializados e patenteados sem seu consentimento ou participação”.

Dedicando um “Fórum” aos excluídos

Após décadas de discussões extensas e caras, as Nações Unidas decidiram "reconhecê-los" e estabelecer uma nova "reserva denominada "Fórum Permanente das Nações Unidas sobre as Questões Indígenas das Nações Unidas”. Vejam bem, questões.

O mundo foi tão generoso para com eles, que lhes deram a chance de ter uma Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas, que será realizada em 2014. Seguindo o estilo do homem branco, a ONU também lhes dará a oportunidade de um encontro entre os dias 7 e 18 de maio de 2012 na sede da ONU em Nova York para tratar das questões indígenas..

Alguns fatos sobre os“Índios”

Os fatos abordados em “Estado dos Povos Indígenas do Mundo” da ONU em 2010http://www.un.org/esa/socdev/unpfii/documents/SOWIP_web.pdfsão estarrecedores. Enumeramos alguns:
  • Nos Estados Unidos, um nativo americano é 600 vezes mais suscetível a contrair tuberculose e 62% a cometer suicídio do que a população em geral.
  • Na Austrália, uma criança indígena tem a expectativa de vier 20 menos mais cedo do que seu compatriota não indígena. Essa diferença também se reflete na Austrália, caindo para 13 na Guatemala e 11 na Nova Zelândia.
  • Em certas áreas do Equador, os indígenas correm o risco de contrair câncer de garganta 30 vezes mais do que a média nacional.
  • E no mundo, mais de 50 por cento de adultos indígenas sofrem de diabete tipo 2, um número que tende a crescer.
Uma realidade estarrecedora

Estas são apenas algumas das estatísticas estarrecedoras apresentadas na primeira publicação sobre as Condições dos Povos Indígenas do Mundo, que a ONU generosamente considera como “uma avaliação completa da situação das comunidades indígenas no campo da saúde, pobreza, educação e direitos humanos”.

O relatório aponta que a população indígena é de aproximadamente 370 milhões, o que corresponde a 5% do total mundial, “eles compõem cerca de um terço das 900 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza em áreas rurais”.

E acrescenta que “todos os dias, as comunidades indígenas de todo o mundo sofrem com a violência e brutalidade, políticas de assimilação continuada, desapropriação de terras, marginalização, remoção ou realocação forçada, não reconhecimento dos direitos sobre a terra, impactos causados pelo desenvolvimento em larga escala, abusos de forças militares e uma série de outras práticas abusiva.”

“Situação Alarmante na Saúde”

As estatísticas publicadas ilustram a gravidade da situação tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento.

Nutrição precária, acesso limitado a cuidados médicos, falta de recursos essenciais para a manutenção da saúde e bem-estar além da contaminação dos recursos naturais são fatores que contribuem para o estado estarrecedor da saúde da população indígena do mundo.

De acordo com o relatório:
  • A expectativa de vida de povos indígenas chega a apresentar uma discrepância de 20 anos a menos em comparação com os não indígenas.
  • Os povos indígenas ainda apresentam altos índices de mortalidade infantil e materna, desnutrição, doenças cardiovasculares, HIV/AIDS e outras doenças infecciosas como a malária e a tuberculose.
  • Os índices de suicídio na comunidade indígena, particularmente entre os jovens, são consideravelmente mais altos em muitos países, por exemplo, no Canadá os Inuit apresentam um índice 11 vezes maior que a média nacional.
“Alguns Recursos”

Certamente, a assim denominada comunidade internacional os ajudou. Na verdade, o sistema das Nações Unidas definiu “alguns recursos” que são “destinados especificamente para os povos indígenas.”

Segundo a ONU, “Alguns desses recursos são destinados a dar suporte financeiro à participação de povos indígenas nas reuniões da ONU, enquanto outros recursos são destinados para pequenos projetos”.

Além desses recursos, “há muitos doadores que financiam a participação da comunidade indígena no Fórum e em outras atividades..” Sem comentário.


Pressenza - Internacional Press Agency
Por: Human Wrongs Watch, 12/17/11

*Nascido no Egito, Baher Kamal é cidadão espanhol, secular, jornalista pacifista e analista especializado em assuntos internacionais e desenvolvimento humano. Ele é editor e redator de Human Wrongs Watch. Este artigo pode ser reproduzido, mantendo inalterados o link para: Human Wrongs Watch

Relacionado a: www.un.org http://www.un.org/esa/socdev/unpfii/index.html| 2011 Human Wrongs Watchhttp://human-wrongs-watch.net/

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sem fronteira


A barreira que separa San Diego e Tijuana. Organizações de defesa dos imigrantes dos Estados Unidos e do México realizam o "Natal sem fonteiras", que junta mais de 200 pessoas de ambos os lados. 

Fotografia: Jorge Duenes/Reuters

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A visão do PH sobre a subida das taxas moderadoras

As medidas que apontam para o princípio do "utilizador-pagador" nos serviços públicos tem como principal objetivo a transferência dos mesmos para a esfera privada, ainda que se possam apresentar argumentos de natureza orçamental ou de "justiça" fiscal para as defender.

Neste tipo de serviços, para que as empresas privadas sejam (muito) lucrativas, é necessário que:

(1) os serviços públicos sejam deficientes, inexistentes ou caros;
(2) o estado comparticipe abundantemente os custos privados;

É óbvio que um serviço de saúde público, gratuito e de qualidade, inviabiliza por completo o negócio dos seguros de saúde, bem como o dos hospitais privados grandemente dependente daquele.

Negócio de seguros que, já agora, está na origem de muita litigância, causando, também desse modo, um enorme prejuízo ao Estado.

Afinal, as crises servem para isso mesmo: para os predadores se poderem nutrir.
Acrescentamos alguns elementos informativos, para que se entendam que estamos presente a uma política de interesses privados:

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/perfil-paulo-macedo-ministro-da-saude_1499213

«A única ligação de Paulo Macedo ao sector da Saúde está ligada ao BCP, onde é administrador, por exemplo, da Médis, a empresa que gere seguros de saúde.»

Para finalizar, deixamos um excerto da “Sétima Carta aos meus amigos”, de Silo, que nos inícios dos anos 90 dizia:

“Se a saúde e a educação são tratadas de modo desigual para os habitantes de um país, a revolução implica educação e saúde gratuitas para todos, porque, em suma, esses são os dois valores máximos da revolução e eles deverão substituir o paradigma da sociedade actual determinado pela riqueza e pelo poder. Pondo tudo em função da saúde e da educação, os complexíssimos problemas económicos e tecnológicos da sociedade actual terão o enquadramento correcto para o seu tratamento. Parece-nos que procedendo de modo inverso não se chegará a conformar uma sociedade com possibilidades evolutivas.”

Partido Humanista - Portugal
Natacha Mota

Porque a educação...


A educação é um direito...
Agarra-o! 

domingo, 4 de dezembro de 2011

Os benefícios de uma bicicleta


Vamos experimentar deixar o carro mais vezes em casa e usar este 
meio de transporte que tão bem nos faz à saúde.